NÃO TEM NOME - NÃO SOU TÃO CRIATIVA ASSIM, mas se tivesse nome, seria algo como Talvez ela estivesse errada - sim, eu sou péssima com nomes, eu já disse, tive que pedir ajudo pro joão. obrigada, de novo. FOI. espero que vocês gostem. mesmo.
Certo, eu admito. Sou apaixonada pelo meu melhor amigo. Sempre fui. Não que ele saiba disso. Não, ele definitivamente não sabe, porque se ele soubesse - não gosto nem de pensar nisso -, ele provavelmente sairia correndo. Sério.
Quer dizer, por que ele gostaria de uma garota como eu? Bem, eu não sou feia, pelo menos é o que as pessoas dizem e eu não concordo. Não que eu me ache feia, mas eu acho meio chato a pessoa te dizer “como tu é linda” e tu responder “também acho”.
Pois é, mas eu ainda não terminei de descrever a minha situação. Bem, eu realmente me preocupo mais com as minhas notas do que com qualquer outra coisa, o que me leva a ter uma vida social inativa e quase nenhum amigo. E isso deixa meus pais bem felizes, o que me faz ganhar bastante livros e isso me leva a perceber como falta romance na minha vida.
Claro que eu não seria idiota de dizer que eu estou braba com alguém por causa disso, a culpa é toda minha, eu fiz algumas escolhas e não me arrependia. Até agora.
Agora que o Carlos está prestes a se formar e ir embora para uma faculdade bem longe da nossa cidade – mais de 500 km para ser mais precisa – eu percebo que talvez seja a hora de adicionar um pouco mais de romance e aventura na minha vida.
Chega de só estudar e ficar esperando o tempo passar. Alguém algum dia disse algo como “quem sabe faz na hora, não espera acontecer” e agora eu definitivamente sei o que eu quero, portanto estou pronta para falar com ele. Eu acho.
Eu, Claire, estou pronta para declarar meu amor pelo Carlos, que sempre me apoiou e acreditou em mim, não só porque nossos pais são muito amigos e porque nós moramos no mesmo prédio, mas porque ele realmente achava que era a coisa certa a fazer.
E é isso o que eu mais admiro nele – tirando que ele faz o meu tipo -, o fato de que ele só faz e diz coisas que ele acha que são certas e se ele não fizer isso, não é o Carlos. Mesmo.
Bem, quando eu disse que ele faz o meu tipo, eu quis dizer que ele é lindo do jeito que eu gosto. Lindo do jeito certinho dele. Ele tem o cabelo tão arrumadinho e os olhos dele são tão meigos, com aquela tonalidade castanho-clara. E ele também tem um carro, um Idea. Sim. Bem, eu não entendo muito de carros, sei um pouco mais que o básico, mas meu pai disse que esse carro não é tão bom. Apesar que é capaz do meu pai saber menos de carros do que eu. E talvez você esteja pensando que ele é nerd, mas ele realmente não é. O Carlos, não meu pai. Ele não é o melhor aluno da turma dele, mas também não é burro.
Mas como todos os homens ele é bem desligado e é por isso que eu vou encontrar ele no aeroporto, antes que ele embarque no avião, para assim eu poder declarar meu amor por ele.
E é por isso que agora eu estou dentro de um taxi indo direto para o aeroporto. Eu não falei pra ninguém que eu ia fazer isso e a única pessoa que sabe que eu saí de casa é o Tom - um cara que estuda na mesma escola que eu e que também mora no meu prédio -, e ele só sabe que eu saí porque quando eu ia sair do elevador ele estava entrando. Ah, e o porteiro, o Sr. Becker, que abriu o portão pra mim.
Minha mãe não faz idéia de que eu saí. Mas ela não se importaria, sabe que eu sou responsável.
E foi com esse pensamento que eu cheguei ao aeroporto, paguei o motorista e corri para encontrar o Carlos.
Encontrar o Carlos se agarrando com a ex-namorada dele no meio do saguão. E doeu. Como doeu. Foi como se alguém estivesse espremendo meu coração com as mãos – se é que isso é possível.
Eu tive vontade de ir embora. Eu só queria sair correndo de lá e esquecer tudo. Ainda que eu não contei nada a ninguém, pensei.
Mas como eu não tenho nenhum pouco de sorte, eles pararam de se beijar e de repente ele me viu. Um sorriso iluminou seu rosto e ele veio correndo na minha direção puxando Sarah – a ex-recente-namorada dele – pelo braço.
- Claire – ele gritou –, advinha!
Eu estava sem palavras, não conseguia me mexer. Nem precisava, ele falou antes de eu ter tempo de piscar.
- Nós voltamos! E vamos para a mesma faculdade! Não é ótimo?
- Claro – falei e me obriguei a dar um sorriso.
Ele não pareceu notar minha hesitação e então me abraçou e falou baixinho para só eu ouvir: - acho que eu finalmente encontrei alguém que valesse a pena.
Putz. Era isso. Era ali que acabava a minha tentativa de aventura romântica. O que eu poderia fazer além de desejar felicidades, boa viagem e ir embora? Bem, eu poderia ter começado a chorar, mas acho que não seria uma boa idéia. Eu também poderia fingir não ter visto nem ouvido o que ele falou e ter me declarado. Não. Pior ainda.
Eu sai do aeroporto arrasada. Não iria pegar um taxi, precisava de tempo para pensar. Então eu fui caminhando para casa. Pensando na idiotice que eu teria feito em me declarar. Quer dizer, por quê? Por que ele gostaria de mim? Como eu já disse, não sou feia, mas de que adianta ser bonitinha se o cara que tu gosta te tem como irmã?
Pois é, desse jeito a vida não vai pra frente.
Quando eu cheguei em casa, tinha um cara enorme – musculoso e alto – numa moto parado em frente ao prédio. Droga. Aquele realmente não era meu dia. Não que eu estivesse com medo, mas aquele cara era bem maior que o Sr. Becker, e poderia quebrar ele com uma só mão. Mas, espera aí. Os dois estavam conversando. O Sr. Becker e o Motoqueiro.
E eu devo acrescentar que ele tinha uma Harley-Davidson, a mãe das motos, na minha opinião. Sim, me mata. Eu amo motos. Principalmente a Harley.
E falando em Harley, o único cara que tem uma Harley que eu conheço é o Tom. Sim, o cara do elevador. Ele é meio roqueiro, sabe? Tipo o Pogue de O Pacto – por quem eu tenho uma paixão platônica.
Agora que eu pensei nisso, ele é bem parecido com o Taylor Kitsch. Ah, meu Deus, como eu nunca tinha percebido isso antes? Eles são bem parecidos e o Tom é super ao contrário do Carlos. Mesmo. Ele parece tão valentão, mas ele é bem inteligente.
Eu resolvi passar por eles e só dar um “olá”, depois subir pro meu quarto e ficar lá até me acalmar, mas quando eu estava passando pelo lado deles, o Tom falou.
- Hey, Claire – ele chamou – você não quer dar um volta? Sei lá, só pra espairecer.
Eu fiquei estática por um momento, só olhando pra ele e para os olhos dele. O negócio é que os olhos dele era muito verdes. Verdes de verdade. Como chamas verdes no auge de seu calor. Céus, como eu pude falar isso? Acho que eu ando lendo muitos romances. Mesmo.
Eu tentei pensar nos prós e contras. Mas a única coisa que eu tinha na cabeça era: como os olhos dele são lindos! Pois é, querendo ou não eu sou uma adolescente e tenho meus colapsos. Parece idiota, mas eu senti que devia ir. E eu queria ir. Que mal poderia acontecer?
E mesmo sem pensar direito e sabendo que faltava pouco para a noite, eu me ouvi aceitando e caminhando na direção da garupa da moto dele sem hesitar. E posso dizer que foi um sonho realizado. Andar de Harley, eu quis dizer. E não foi nenhum pouco desconfortável ficar me segurando na cintura dele, nem sentir um pouco do cheiro dele – um cheiro bom, muito bom -, uma pena que eu estava de capacete.
E quando ele estacionou a moto no parque que ficava perto de casa, eu fiquei pensando: “o que exatamente ele quer?”
Mas eu não tive coragem de perguntar. Eu ia deixar ele falar, afinal de contas, ele tinha me trazido ali por um motivo, não só para olhar meus olhos azuis.
Ele me levou até um banco embaixo de uma árvore e se sentou lá, sinalizando para eu me sentar ao lado dele. Eu sentei distante, para não ficar pensando no cheiro dele.
- Claire – ele falou, sério -, eu te trouxe aqui porque eu acho que sei o que está acontecendo na sua vida.
Ahn?
- Como? – fiz a melhor pergunta de todas. Não.
Ele pareceu envergonhado.
- Quero dizer, eu via como você olhava pra ele. E percebia que ele não te olhava da mesma forma.
Ah, certo. O Carlos. Ele estava falando sobre isso. Será que todo mundo percebeu?
- Era tão obvio assim? – perguntei.
- Na verdade, era um pouquinho, sim – ele sorriu, ainda envergonhado. Os dentes, Deus, os dentes dele era tão lindos! Brancos e retos.
Eu deveria ter percebido como ele era lindo antes, daí eu não teria me apaixonado pelo Carlos e sim pelo Tom, daí eu não estaria sofrendo. Ou estaria?
- De qualquer forma – ele continuou -, eu só te trouxe aqui pra te dizer que tu pode contar comigo. E também porque eu sei que é barra ficar sozinha nessas horas. Então, se tu quiser desabafar e me contar o que está acontecendo, vá em frente – e então ele sorriu de novo, um sorriso que deixou minhas pernas bambas. Ainda que eu estava sentada.
Naquele momento, eu percebi que eu podia confiar nele e percebi uma coisa pior: eu também poderia me apaixonar por ele.
Bem, talvez não fosse pior, já que ele também poderia se apaixonar por mim. Isso seria divertido. Muito divertido.
era isso e eu realmente espero que vocês tenham curtido ler isso do jeito que eu curti escrever e bom, como disse aquele cara que escreveu "A Cabana", se vocês não gostaram, desculpem-me, mas isso não foi feito pra vocês.
naati *--*
ResponderExcluirameei esse conto/história !
muito bom msm .
Queria que tivesse continuação :O mimimi
Parabéns queriida :D
beijão, viic 83
aaaaaaah, vic! muito obrigada e sim, querida, vai ter continuação. também estou anciosa *--*
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